Coaching: Ferramenta Eficaz de Autodesenvolvimento
A complexidade do mundo dos negócios fez com que as empresas percebessem que, em muitos casos, é necessário investir em algo que vá além de treinamento formal para a promoção do autodesenvolvimento das pessoas. Assim surgiu a demanda por coaching individual.
Coaching individual é um processo em que o coachee (participante do processo de coaching) se reúne com um coach (profissional que facilita este processo) em sessões periódicas. O objetivo das sessões é o autodesenvolvimento de uma ou duas competências que servirão de alavanca para o aumento de performance do coachee.
Em virtude da alta complexidade do ambiente de negócios, sabemos que as soluções organizacionais dependem cada vez mais de reflexão profunda. Ao mesmo tempo, as ações precisam acontecer em velocidade crescente.
Nestas situações, o processo de coaching serve como apoio para reflexão e adoção imediata de ações na prática. No entanto, para que este processo seja bem sucedido, é necessário que algumas condições sejam atendidas.
Que condições são necessárias para que um processo de coaching tenha sucesso?
– O coachee precisa estar disposto, de forma sincera, a mudar seu comportamento:
É inútil uma organização contratar um processo de coaching para um profissional que não esteja sinceramente comprometido com sua mudança comportamental. Afinal, é o coachee que precisará investir tempo e energia pessoal para promover seu autodesenvolvimento.
Também é essencial que o coachee esteja disposto a receber feedback. Por isso, a contratação do processo de coaching deve passar necessariamente por uma conversa sincera entre o coach e o futuro coachee e pela concordância deste a respeito do caminho a ser trilhado.
– No processo de coaching, o cliente é o coachee:
Ainda que uma organização contrate e faça o pagamento integral das sessões de coaching, o cliente deste processo deve ser o coachee. A identificação e o atendimento das necessidades do coachee é que possibilitarão que ele promova mudanças significativas em seu próprio comportamento.
Para isso, o estabelecimento de uma relação de confiança e confidencialidade com o coach são fundamentais a um processo bem-sucedido e isso deve ficar muito claro no momento da assinatura do contrato entre as partes.
Leia também: O que faz um líder mudar de comportamento?
– O coach deve acreditar nos atributos positivos e também no potencial de mudança do coachee:
Caso o coach não acredite no potencial e nos pontos fortes de seu cliente, de alguma forma, ele acabará transmitindo isso através de gestos, do tom de voz e até mesmo através de sua forma de falar.
Por isso, caso o coach não sinta identificação ou não consiga perceber a potencialidade do cliente, é necessário que não aceite realizar o trabalho.
A recíproca também é verdadeira: o coachee deve conseguir confiar e acreditar nos atributos positivos do coach para que possa ter sucesso em seu autodesenvolvimento.
– O coachee deve estar incluído nos planos futuros da empresa:
Em algumas organizações, ao invés de se utilizar o processo de coaching como um acelerador do autodesenvolvimento, se utiliza essa ferramenta como uma forma de provar que o coachee não teria “futuro” naquele trabalho.
Ao fazer isso, a organização perde de duas formas: a primeira é, ao tentar provar que o processo de coaching não traria a mudança esperada, fecha possibilidades do coachee colocar o que aprendeu em prática.
A segunda é trazendo desconfiança para a ferramenta preciosa de coaching, pois é natural que haja uma resistência de futuros coachees em vivenciá-la em organizações que agem desta maneira.
– Para que o processo de coaching tenha sucesso, deve haver espaço organizacional para que o coachee possa realizar mudanças comportamentais:
Por vezes, os mesmos líderes que solicitam mudanças comportamentais de seus liderados, se sentem despreparados ao perceber que tais mudanças começam a ser colocadas em prática.
Por este motivo, é essencial que os líderes também estejam preparados para gerenciar liderados mais autônomos para que o processo de coaching possa ter sucesso.
Em alguns casos, pode ser recomendável que o líder imediato também participe de um processo de coaching para saber orientar seus liderados neste processo.
– A organização deve compreender que mudanças comportamentais, de forma geral, não são “milagrosas” e nem instantâneas:
É necessário que o coachee invista sua energia pessoal para realizar mudanças significativas de comportamento. Em virtude deste investimento, é recomendável que o coachee busque mudar um comportamento de cada vez.
Ao experimentar comportamentos novos, é natural que o coachee sinta algum desconforto e que reflita mais antes de agir.
Ao sair dos comportamentos automáticos, o coachee poderá levar mais tempo para realizar determinadas tarefas, o que precisará ser encarado como um investimento em um novo patamar de qualidade no trabalho no médio prazo.
– O coach deve respeitar o tempo, o estilo comportamental, os valores e as decisões do coachee:
É fundamental que o coach compreenda que o processo de coaching deve ser customizado à realidade do coachee e não às preferências ou necessidades do coach.
Desta forma, o coach deve criar um ambiente de liberdade durante a sessão de coaching para que o coachee possa testar hipóteses e comportamentos, como se estivesse em um treino para o “grande campeonato”.
– O coachee precisa ser compreendido dentro do seu contexto:
A cultura, os valores e o momento da organização da qual o coachee faz parte são determinantes na condução de um processo de coaching. A solução que serve para uma organização não servirá para outra.
É papel do coach facilitar o processo para que o coachee consiga fazer essa análise sistêmica do ambiente organizacional em que atua e como seu comportamento poderá favorece-lo ou ser um limitador nesse contexto.
– É essencial que o coach compreenda que o processo de coaching não deve ser totalmente intuitivo e, ao mesmo tempo, não deve ser pré-formatado:
A bagagem profissional do coach é pré-requisito para um processo de coaching bem-sucedido. Utilizar simplesmente uma técnica única de coaching não trará a consistência necessária a uma mudança sustentável de comportamento no trabalho.
Por este motivo, o coach deve ter um conhecimento aprofundado do ambiente organizacional, do comportamento humano e também de técnicas de diálogo e coaching.
Conclusão:
Coaching é uma ferramenta de desenvolvimento de pessoas extremamente preciosa. No entanto, assim como acontece com todas as ferramentas de Gestão de Pessoas e de Desenvolvimento Pessoal, precisa ser utilizada da forma correta e dentro do contexto correto.
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Deise C. Engelmann
Sincrony – Consultoria em Gestão de Pessoas
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