Liderança Educadora e o Desenvolvimento de Equipes

Liderança educadora e desenvolvimento de equipes

Em um mundo muito mais complexo, os líderes da atualidade percebem que para atender aos desafios presentes e futuros da organização, precisam ser muito mais atuantes no desenvolvimento das pessoas no trabalho. A liderança educadora e o desenvolvimento de equipes deve ser foco constante das empresas. Este é o caminho para que as pessoas estejam capacitadas para enfrentar desafios, cujas soluções adotadas no passado possivelmente não irão funcionar mais.

Desenvolver uma equipe, formar sucessores e líderes organizacionais passou a ser parte integrante do papel da liderança. Para isso, líderes passaram a utilizar ferramentas adicionais: processos de avaliação de desempenho (estabelecendo desafios dentro do trabalho que promovessem desenvolvimento), feedback no dia-a-dia e planos individuais de desenvolvimento (incluindo coaching, psicoterapia, atividades voluntárias, esportes, leituras, entre outras ações).

Palestra “Liderança Apreciativa” no Programa Gestão Compartilhada da ACIJ, realizada na empresa Cisa Brasile, em maio de 2019, em Joinville/SC

Nesse contexto, fica a pergunta: Como os treinamentos podem contribuir com o desenvolvimento de pessoas, líderes e equipes?

O treinamento como ferramenta de aprendizagem pode possibilitar a aceleração do desenvolvimento de pessoas, quando utilizado de forma adequada, em especial, se estiver articulado com outras ações de desenvolvimento de pessoas.

Bons treinamentos trazem ferramentas e conhecimento que já foram testados em ambientes organizacionais de vários ramos e culturas, o que evita que os aprendizes tenham que “reinventar a roda”. Além disso, no espaço do treinamento, existe troca de experiências, vivências e ideias entre os participantes, o que contribui para o enriquecimento das pessoas.

Leia também: Coaching: será que é modismo? Para que serve?

Para utilizar o treinamento como uma forma de desenvolvimento de equipes, um líder deverá lembrar dos seguintes aspectos:

1. Escolha treinamentos de alta qualidade: 

Os treinamentos devem ter como base metodologias consistentes que possam facilitar a aprendizagem pelas pessoas. É importante que estejam ancorados em princípios de educação de adultos (andragogia), onde as experiências e demandas dos aprendizes, de forma individual, e do grupo sejam consideradas.

2. Certifique-se que o participante está consciente da importância do treinamento que está sendo oferecido a ele:

O interesse pelo tema e a percepção da relevância da aprendizagem que poderá ser obtida no treinamento podem fazer muita diferença em relação aos resultados a serem alcançados.

Vídeo “Liderança: Por que líderes devem preparar outros líderes?”. Se preferir assistir no YouTube, clique aqui!

3. Verifique se o treinamento oferecido poderá aprimorar o desempenho atual do profissional ou o desenvolvimento de suas competências no curto ou médio prazo:

Participar de um treinamento e não ter oportunidade real de utilizar os conceitos compartilhados pode fazer com que o investimento realizado tenha pouco proveito prático. Evidentemente, participar de um grupo onde há diálogo positivo pode ser uma oportunidade enriquecedora para os participantes. No entanto, com o passar do tempo, se a utilização dos conceitos e ferramentas vivenciadas não se tornar prática, este conhecimento possivelmente será esquecido.

4. Verifique se o treinamento está de acordo com a possibilidade de aprendizagem do participante, promovendo a liderança educadora e o desenvolvimento de equipes:

A oferta de um treinamento para um funcionário em um nível conceitual diferente daquele para o qual esteja apto, poderá acabar gerando frustração ou ansiedade. A frustração acontece porque o treinamento escolhido está aquém da capacitação que seria necessária ao participante.

Por outro lado, a ansiedade aparece quando o treinamento está em um nível alto demais para o grau de preparação do aprendiz. E o ideal, evidentemente, é que se tenha aprendizagem, fluência e bem-estar. Antes da inscrição, sempre que possível, é importante verificar para qual público-alvo o treinamento está destinado e até mesmo conversar com o facilitador para verificar se o objetivo será atendido.

possibilidade de aprendizagem do participante

5. Acompanhe os progressos alcançados pelo participante após a realização do treinamento: 

Reconhecer avanços em aprendizagem é um forte combustível para gerar motivação para que outros conceitos e ferramentas aprendidas durante o treinamento sejam colocadas em prática.

Conclusão:

Concluímos que a capacitação e o desenvolvimento de equipes passam pela percepção, pelo líder, das características e do processo de evolução individual de cada integrante, sem perder a consciência de que estes profissionais precisarão trabalhar em equipe, de forma sinérgica.

Deise C. Engelmann
Sincrony – Consultoria em Gestão de Pessoas

Sobre o Autor

Deise C. Engelmann
Deise C. Engelmann

Consultora com experiência internacional em Gestão de Pessoas (projetos no Brasil, Estados Unidos, Itália, Eslováquia e China). Sua formação foi facilitada por consultores do Brasil, Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Índia. Fundou a Sincrony – Consultoria em Gestão de Pessoas em 2006 em Joinville/SC. Administradora com especialização em Psicologia do Trabalho, ambos pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. YouTuber no Canal "Sincrony Consultoria".

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