Pensamento Sistêmico: criando colaboração entre equipes
O pensamento sistêmico nos mostra que vivemos em um sistema onde, de alguma forma, estamos interligados. Nem sempre conseguimos perceber essa realidade no curto prazo. Se pensarmos na criminalidade, percebemos, ao longo do tempo, que colocarmos grades nas janelas não tem sido uma solução sustentável, pois a criminalidade é uma questão sistêmica. É necessário pensar de forma mais ampla e investir, por exemplo, em educação.
Quando observamos nossas organizações, podemos perceber que, muitas vezes, as pessoas agem como se cada departamento fosse uma pequena empresa – separada das demais áreas. Ferramentas de pensamento sistêmico podem contribuir para que as organizações criem soluções integradas e sustentáveis ao longo do tempo. E, desta forma, aumentem a colaboração entre as pessoas das diferentes áreas da empresa, gerando sinergia e cooperação entre as equipes.
O pensamento sistêmico, como abordagem que tem Peter Senge como idealizador, é composto por cinco disciplinas:
Modelos Mentais:
Os modelos mentais representam a nossa forma de pensar. Nós selecionamos o que vemos, pois a realidade é muito complexa e, a partir daí, criamos “verdades” que são nossos modelos mentais. Para a implantação de uma solução sustentável, é necessário compreender como os modelos mentais influenciam nossas ações organizacionais.
Maestria Pessoal (ou Domínio Pessoal):
É a disciplina de pensamento sistêmico que trata da resiliência, ou seja, da forma de se manter “centrado” frente à adversidade, à incerteza ou mesmo ao caos. A maestria pessoal está relacionada com a inteligência emocional, que nada mais é do que saber gerenciar nossas emoções.
Aprendizagem em Equipe:
Esta abordagem do pensamento sistêmico nos mostra que a aprendizagem individual, em nossas organizações, não é mais suficiente. É fundamental que as organizações passem a adotar soluções de aprendizagem coletiva, ou seja, comunidades de aprendizagem.
Visão Compartilhada:
Nesta disciplina do pensamento sistêmico, percebemos que a criação de uma visão compartilhada do futuro da organização pode ampliar o comprometimento das pessoas em construí-la no dia-a-dia de trabalho. A construção de uma visão compartilhada de futuro gera, por si, um aumento da colaboração entre as áreas da empresa, desde que elaborada com a metodologia correta.
Pensamento Sistêmico:
A chamada “Quinta Disciplina” integra as demais. Através das ferramentas da disciplina de pensamento sistêmico, percebemos como as principais variáveis que compõem o sistema se reforçam entre si, criando ciclos que favorecem ou não o negócio. Os mapas sistêmicos nos mostram onde atuar na empresa para facilitar o processo de construção do futuro desejado, o que chamamos de pontos de alavancagem.
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Evidentemente, as diversas disciplinas não são aplicadas em uma organização de forma isolada. Pelo contrário, o conjunto de disciplinas, aplicadas por um profissional capacitado, trará subsídios para que soluções sistêmicas e sustentáveis ao longo do tempo possam ser adotadas.
Quando aplicadas em conjunto e de forma consistente, as cinco disciplinas de Peter Senge são capazes de aumentar a consciência das equipes a respeito da sua interdependência dentro do sistema.
Conclusão sobre Pensamento Sistêmico:
Assim, naturalmente, as pessoas passam a colaborar mais entre si. Elas passam a perceber que toda a ação no sistema gera uma reação, ou seja, se eu empurro um problema para a equipe do lado, ele volta em algum momento reforçado para mim. A partir desse novo nível de consciência, as pessoas compreendem que a empresa só estará fortalecida se as equipes tiverem uma ação sinérgica entre si.
Deise C. Engelmann
Sincrony – Consultoria em Gestão de Pessoas
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